Capítulo quatro: A Encomenda

Elladan achou o trabalho que o velho encomendara estranho, muito estranho, mas aceitou, ele ficaria mais rico com o pagamento, ou se tornaria um Escoteiro, realizaria seu sonho, mas agora não havia tempo pra sonhar, estava na estrada para Nargothrond.
A estrada era muito usada, ligava a pequena vila com a grande cidade, e todos os dias dezenas de pessoas levavam suas carroças, cavalgavam, ou gastavam a sola de seus calçados para fazer compras, trocas, vendas ou até mesmo se embebedar numa taverna. As pedras calçadas eram bem cuidadas e simétricas, pois a rota comercial possui uma eficiente manutenção, do lado direito existia uma pequena fazenda e uma plantação, do outro lado um grande gramado com flores e capim alto. A estrada não era muito longa, a viagem durava somente duas horas a pé, mas como Elladan ia com seu cavalo Stetir, um grande cavalo branco, com tranças na cauda, e a crina cobrindo-lhe o pescoço, seu galope era rapido e leve, e foi treinado para não fazer barulho se quisesse.

A cidade-estado se aproximava, Elladan ja avistava as torres de defesa da cidade, agora a estrada estava apinhada de gente, de todos os tipos s as arvores ficavam mais proximas. A entrada da cidade era na parte nobre, casas bonitas, pessoas educadas, e nada, nada mesmo de outras raças. Ele andou até o centro da cidade, onde ficava a Árvore da Verdade, protetora da cidade, tinha sido plantada com magia pelos primeiros elfos que migraram do norte. O comércio alí era constante mas não tumultuado, e era alí que Elladan compraria parte do material para as duas espadas.

Agora era a parte dificil, o comércio ilegal de minérios, para isso ele teria que ir a pior parte da cidade-estado, ou melhor do país. Mesmo de dia a periferia de Nargotrhond parecia escura, as arvores tinham sido todas cortadas, ou mortas, o calçameto era desregular, pois nimguém se atrevia a trabalhar lá, e o caos era geral. Várias raças se misturavam alí, assim como várias classes: traficantes, ladrões, fugitivos, assassinos, mercenários e prostitutas, nenhuma elfa. As pessoas usavam capas, e nunca olhavam na cara, devia se tomar cuidado pra nao esbarrar em um trombadinha e ficar sem dinheiro. Elladan se dirigiu a uma taverna que Arpmes indicara no papel que lhe deu, la ele encontraria Knyu'wayka, a traficante de materiais preciosos e perigosos. Sentou-se no balcão e pediu ao taverneio, um humano alto e forte, com um avental marrom sujo de bebida e sangue:
- Procuro por alguém chamada Knyu'wayka.
O taverneiro não se importou muito com a pergunta, e simplismente apontou para uma mesa no meio da taverna.
- Ela esta ali.
Elladan foi até ela, reparou que era uma elfa bonita, porém com um olhar que assuta as pessoas e uma cicatriz sobre o olho esquerdo, cara de poucos amigos e que não se importa com nimguém que não tena dinheiro para paga-la, sentou-se a mesa e disse:
- Arpmes Calendula me recomendou seus serviços e deichou pago alguns materiais.
Ele foi direto, o ambiente caregado lhe tirou toda a cortesia. Ela respondeu com o mesmo tom e do mesmo modo direto:
- Eu sei, e sei quem você é, Elladan, o velho maluco me deichou algum dinheiro, e então, quais as merdas você quer?
- 3 barras de ouro vermelho, 8 barras de cromato, 5 barras de titânio purificado, 3 barras de forsithiun e 2 barras de prata.
- Forsithiun? - Ela demonstrou um pouco de surpresa ao ouvir o nome do metal - Vocês são loucos de mecher com isso. OK. Vai custar 51 000 MO, o velho me deu 70 000, vou te dar o resto do dinheiro, não gosto de guardar o que não é meu. Me espere aqui, dentro de meia hora eu volto com a mercadoria, não tente me seguir, e se você nao estiver aqui o dinheiro é meu e você fica sem a mercadoria.
Dizendo isso ela saiu, Elladan ficou pensando sobre aquela garota estranha, parecia uma adolescente ainda, pediu uma bebida e esperou...