Capitulo sete: Novos Amigos, Novos Inimigos, Novos Problemas

Elladan nunca havia usado uma cota de malha, se sentiu poderoso com aquelas vestes, e mesmo assim seus ferimentos ardiam como o aço que recem saiu da forja, ele saiu do quarto, e se encontrou num pátio largo, com uma brasão em uma das paredes, o céu estava claro, e tinha outros quartos iguais o que ele possui, era uma quartel general, e aqueles eram alojamentos militares, havia um corredor que Elladan percorreu e saiu perto de um estabulo, onde Arpmes, Knyu' e dois elfos o esperavam com 4 cavalos, entre eles Stetir:
-Estes são Han e Harpy. - disse Knyu' - Han é nosso mago, e Harpy nosso escoteiro, e ele são irmãos. - Elladan olhou admirado para os dois, e apertou a mão de ambos.
Harpy e Han eram gemeos identicos, mas havia muita diferença entre os dois. Harpy tinha os cabelos longos e negros e uma aparência selvagem,era esquio e sombrio, dificil de se perceber, suas vestes eram verdes e pretas que se camuflavam muito bem em qualquer floresta, sua capada parecia ser feita com folhas de todas as árvores que Elladan ja havia visto, ele carregava uma aljava cheia de flechas com penas prateadas e um arco pouco menor que um elfo, na sua bainha havia uma espada verde, com um aspecto venenoso, ja Han era um mago gracioso, com vestes azul e douradas que cobriam seus pés, calçados com botas de pano, por baixo da tunica, uma espada longa, prateada, e cheio de magia a protejendo, uma figura encapuzada, cheia de jóias e amuletos que exerciam uma aura mágica. Só depois de reparar nisso Elladan percebeu uma relação com todas as pessoas que estavam ali, um amuleto com o mesmo brasão na parede do pátio: um circulo, com um arco no meio cruzado por espadas, ele nunca tinha visto nada parecido antes, e guardou para perguntar depois:
-Vamos - disse Arpmes para a comitiva, todos montaram seus cavalos, o rosto de Elladan doeu como nunca.
Saíram pelo lado do estabulo, em uma grande caverna, um lugar bem escondido no meio da floresta, então Arpmes emparelhou com Elladan e disse:
- desculpe garoto, mas você provocou um grande inimigo nosso.
- Como assim nosso? - Elladan fez a mesma pergunta que tinha feito a Knyu.
- Bem, não posso te falar, antes temos que ir para sua oficina, queimar sua casa e pegar os seus instrumentos de trabalho, para você fazer as espadas.
- Por que? Queimar minha casa, mas aonde vou ficar?! E por que queimar minha oficina, minha vida!?!?
- Os amigos do homem que você matou não vão te deixar viver se você continuar naquela vila.
- Mas como eles vão saber? Como eles me conhecem?!
- Agora não. - Dizendo isso ele avançou para a frente do grupo e disse:
- Acelarado!! - E todos entraram em galope por uma pequena trilha na selva.

A viagem duraria cerca de um dia, eles iriam cavalgar durante a madrugada inteira e chegariam a vila de manhã,e então eles iriam queimar a oficina de Elladan, destruir tudo que ele conhecia, durante a viagem Arpmes explicou que ele só pegaria os instrumentos de trabalho, dinheiro, os materiais das espadas e algum objeto especial, coisas como roupas, comida, calçados, bems pessoais assim como as obras do seu trabalho iriam queimar junto com a humilde casa, o velho também disse que Elladan poderia ficar no esconderijo onde acordou até terminar as espadas, e depois de prontas, escolheria seu pagamento: O dinheiro restante, e também uma nova casa em algum lugar distante, ou o desejo de Elladan.

Quando o fim da tarde chegou,o cenário ja tinha mudado de floresta para campos e enfim morros, Elladan emparelhou com Harpy, que geralmente ia a frente e perguntou:
-Nós não vamos fazer uma pausa?
O escoteiro olhou nos olhos de Elladan, deu uma risada baixa e disse:
- Vamos, assim que voltarmos ao esconderijo.
- Mas e meu crânio, ainda esta aberto, e nunca senti tanta dor!
- Acustume-se, a dor faz parte da vida, e além disso seu crânio não corre perigo.
Era uma idéia absurda, ja que as bandagens brancas ja estavam pretas com o sangue coagulado. Harpy percebeu isso e completou:
- Han fez uma magia no seu crânio, uma magia de cura, ele pode estar doendo, aberto e sangrando, mas está melhor do que o normal.
- Não consigo acre.... - e antes que conseguisse terminar a sua frase uma labareda do tamanho de uma árvore adulta brilhou atras de um morro, e um par de assas seguidos de um lagarto gigante, vermelho como o fogo que ele cuspia, apareceu.
Os olhos de Elladan brilharam e o tempo parou, nunca vira algo parecido, tão selvagem e tão lindo ao mesmo tempo, as escamas do dragão pareciam as laminas mais requintadas que ele ja tinha feito, seus olhos pareciam sangue e seus chifres brilhavam como pérolas. Mas o tempo voltou, o jovem elfo ouviu os berros de Arpmes:
- As armas Svarte Riddere!! Knyu' proteja Elladan, Harpy chame Han e Elgal!
Então, Stetir deu um pulo quando Knyu'Wayka pulou por cima de Elladan e o jogou paro o lado da estrada, enquanto puxava um arco e encaixava uma flecha.